Saiba como gerir os danos à imagem e custos adicionais quando o atraso é inevitável
Obras atrasadas provocam perdas que se agravam a cada mês de extensão no cronograma. Quando os desajustes no prazo começam a dar os primeiros sinais, recomenda-se a formação de uma força tarefa com profissionais qualificados para diagnosticar a origem do problema. Identificadas as causas, a equipe deve montar um plano de ação emergencial que entre no detalhe da programação da obra, semana a semana.
O replanejamento dos serviços deve ser feito a partir de novos parâmetros de produtividade, levando em conta a capacidade de fornecimento do mercado. Uma alternativa é abrir novas frentes de trabalho para executar simultaneamente serviços que não dependam um do outro. No entanto, a medida implica aumento de custos e exige mais mão de obra em um mercado onde esse recurso já é escasso.
Outra medida de contenção é antecipar as contratações com fornecedores e manter um controle mais rígido sobre todas as etapas construtivas, evitando assim que os atrasos se proliferem. Quando a obra está atrasada, ocorre o pagamento de hora extra, e a empresa acaba assumindo custos maiores para conseguir um insumo mais rápido e tendo mais ônus para reduzir o atraso.
Se na área financeira há pouco o que fazer, no relacionamento com o consumidor alguns cuidados podem até afastar eventuais litígios, evitando perdas ainda maiores com indenizações aos clientes. O fator que mais agrava a insatisfação do consumidor não é apenas o atraso, mas, principalmente, o descaso das empresas na comunicação com os clientes. Se a sua empresa não prevê nos contratos o pagamento de multa aos compradores em caso de atraso, é recomendável que se ofereça também alguma compensação aos clientes.
Fonte: Revista Construção Mercado